13.8.12

Quando perceberes, naquele instante execrável, que vou morrer, olha-me nos olhos cansados. Deixa-te ficar como paisagem. O mar dos teus olhos há-de me encher de anos de vida.  E este medo há-de desaparecer.
Quando perceberes que é o meu fim a chegar devolve-me a expressão melancólica que, em ti, sempre me excita de tão improvável. E esse plano apertado da tua cara - imagino se os teus lábios rosa se transformarão com os anos - será só meu. E nunca mais meu.

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