17.4.10

crying light

Eu regressei a casa nervoso. De te encontrar em posições para apagar da memória. De te encontrar estendido com um cigarro por fumar. De te encontrar na cama a ler um livro. Eu fiz o tempo estender-se e estender-se até abrir a porta. E foi assim que vi os sapatos as calças o isqueiro os óculos a camisa até à massa do teu corpo meio enrolado meio estendido. E os teus olhos a dizerem-me hipóteses matemáticas.

10.4.10

primitive

O teu ecrã sujou-me as calças e o peito. E um cheiro difícil de esquecer. A tua imagem. Colado ao ecrã. Eu durmo. Enquanto o libertas não sei o quê. A bandeira do teu país, as canções nacionalistas, as notícias. O teu país suja-me as calças e o peito. Prazer e morte. Pouco prazer. Demasiado rápida a morte do teu admómen e da tua mão direita. Eu não estou lá. Na morte do teu pénis. Só sinto o cheiro da tua nação nas minhas calças de ganga e no meio peito liso.